quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Iracema X Crepúsculo

http://blogs.abril.com.br/propagando/2009/12/arrependimento-nao-mata-ensina.html

Eis o post do outro blog q fala das semelhanças de Iracema com Crepúsculo...

Agora, a minha opinião sobre Crepúsculo

Depois de assistir ao filme Crepúsculo - que eu achei razoável - e depois de muito me insistirem pra ler os livros eu cedi. Essa foi a pior idéia que eu já tive na minha vida!

A tradução dos livros de Crepúsculo é a mais vagabunda que eu já vi, e quanto ao vocabulário super-hiper-mega-giga-master restrito que repete as mesmas palavras 32000 vezes eu nem vou fazer comentários!

Crepúsculo é um bom exemplo de um idéia interessante, mas mal aproveitada.

Agora eu vivo um dilema, todos me dizem q à medida q vai passando, os livros vão melhorando, então eu odeio o livro, mas sei que não vou conseguir viver se não ler os 4 livros, nem que seja para criticar e dizer que as pessoas são loucas.

Você consegue perceber que a autora fez pouquíssima pesquisa para escrever essa história. Ela exagera em elogios ao protagonista, mas resume o enredo da história. A repetição de elogios lembra o livro Iracema - mas Alencar pode... uma conhecida resolveu fazer um post só com comparações de paragrafos de Iracema com Crepúsculo, depois eu boto o link pra vocês verem - e o roteiro, a história acaba por ficar resumidíssima!

Era melhor que eu não tivesse lido nenhum dos livros!

P.S.: No artigo de Salem publicado mais cedo, ele afirma que os vampiros de Crepúsculo são vegetarianos e comem folhas. Na verdade, eles se consideram vegetarianos porque não bebem sangue humano, só de outros animais.

O crepúsculo de Drácula - Por Rodrigo Salem

- Retirado da Revista Bravo! de dezembro de 2009.

Depois de inspirar obras primas da literatura e do cinema, os vampiros são transformados em vegetarianos insossos pela escritora Stephanie Meyer, dando início à triste decadência da espécie.

Cada época tem o Drácula que merece. As histórias de vampiro se incluem naquela categoria de mitos duradouros que, recontados de forma diferente em cada era, dizem muito sobre o espírito de seu tempo. Seguindo essa linha de pensamento, como interpretar o sucesso da saga literária Crepúsculo, da autora americana Stephanie Meyer - cujo subproduto mais recente, o filme Lua Nova, está em cartaz nos cinemas brasileiros? O que vampiros vegetarianos, que usam seus caninos afiados para perfurar alface e rúcula, têm a dizer sobre os tempos atuais? Para responder a essas perguntas, é necessário ir às origens do mito. Os primeiros relatos sobre as criaturas que um dia seriam conhecidas pelo nome de "vampiros" surgiram por volta do século 12. Durante mais de 200 anos, a superstição sobre o homem morto que volta à vida após o pôr do sol se disseminou pela Europa. A lenda começou a virar objeto de interesse cultural apenas no começo do século 19, quando o ítalo-britânico John Polidori escreveu o conto The Vampyre para a publicação inglesa New Monthly em 1819. O nobre errante que atraía mulheres inocentes para se alimentar de seu sangue foi inspirado em um companheiro de viagens chamado George Gordon Byron. Sim, ele mesmo, Lord Byron, o poeta que escreveu a mais arrebatadora versão do Don Juan (outro mito que atravessa eras) - e que se tornou popstar em sua época tanto pelos versos quanto pela vida aventurosa. De onde se depreende que a figura literária do vampiro é, na origem, romântica.
Em sua primeira encarnação literária importante, no entanto, o vampiro nada tinha de sedutor. Cada época, já se disse, tem o vampiro que merece, e o da era vitoriana é o Drácula, protagonista do romance de Bram Stoker escrito em 1897. Para confrontar a moral puritana daquele tempo, o autor criou um personagem que tinha mau hálito, pelos nas palmas das mãos e bigodinho branco. Todas essas características foram atenuadas na primeira versão cinematográfica do livro. O Drácula interpretado por Bela Lugosi no cinema, em 1931, tinha aspecto elegante, sotaque estrangeiro charmoso e modos formais. Apesar de ter formado a figura icônica do vampiro-mor, Bela Lugosi o interpretou desprovido de sexualidade. Essa pegada casta tem a ver com o fato de esse vampiro representar outra época, a da Grande Depressão. O filme não podia correr riscos financeiros em um mundo abalado pela crise de 1929.
O Drácula como conhecemos, de caninos afiados e mordidas no pescoço de belas mulheres, só ganhou esse aspecto no final da década de 50, quando foi encarnado no cinema por Christopher Lee. A força sexual do conde vampiro era evidente. Numa época em que o sexo era controlado por pensamentos autoritários, Lee mostrou suas presas antes de se debruçar no corpo entregue de sua amada, Mina Murray. Era a figura do libertino que a estudiosa Carol Fry, autora do artigo Fictional Conventions and Sexuality in Dracula ("Convenções Ficcionais e Sexualidade em Drácula"), publicado em 1972, dizia ser representada pelo homem que deixava marcas na mulher e a infectava a ponto de a vítima se tornar uma pária social. Mas o significado mais óbvio era o retrato do sexo enrustido da década de 50, um sexo reprimido sob a luz do dia, mas solto e tórrido no escuro do quarto.
Passado o período da revolução sexual, nos anos 60, esses seres românticos e calientes puderam finalmente se expressar livremente - e a figura do vampiro chegou a seu auge artístico em duas grandes obras-primas do cinema. A primeira é Nosferatu, O Fantasma da Noite, de Werner Herzog, de 1979. Poucas imagens são mais eróticas do que o corpo arfante de Isabelle Adjani no momento em que o vampiro de Klaus Kinski aproxima as presas da carne branquíssima de seu pescoço, num fotograma que lembra um quadro expressionista. "Não poder envelhecer é terrível. A morte não é o pior. Imagine durar séculos, vivendo a cada dia a mesma futilidade", diz o personagem em sua fala mais famosa.
O outro é o Drácula de Francis Ford Coppola, de 1992. Com o fim da era Reagan, o cineasta decidiu equilibrar a sedução do elegante conde vampírico, agora na pele charmosa de Gary Oldman, com sequências sexuais picantes. Provocou o Jonathan Harker de Keanu Reeves com três voluptuosas vampiras — uma delas, a atriz Monica Bellucci, no começo da carreira -, criou uma cena de bestialismo entre o Drácula semitransformado e a garota Lucy Westenra (Sadie Frost) e até chegou ao ponto de imaginar Mina (Winona Ryder) seduzindo Van Helsing (Anthony Hopkins). Apesar do apelo sexual, Drácula era um vampiro com o sentimento humano em busca do amor eterno. Era o reflexo da juventude que abraçou o Nirvana, principal banda do movimento roqueiro grunge - um ritmo cru em sua forma, mas extremamente romântico em sua natureza e letras.
De certa forma, a autora Stephanie Meyer captou o espírito dos adolescentes do nosso tempo quando lançou o primeiro capítulo da tetralogia literária Crepúsculo. O romantismo do Drácula de Gary Oldman agora ganhava uma versão assexuada na adaptação do fenômeno para as telas em 2008. Edward (Robert Pattinson), o grande amor proibido da humana Bella (Kristen Stewart), não morde pescocinhos e tem o corpo brilhante como diamante ao se expor ao sol. Vampiros ecológicos, politicamente corretos e vegetarianos. Você consegue imaginar algo melhor para representar a adolescência emo, que procura respostas para a depressão pós-moderna em príncipes encantados que mudarão suas vidas chatas? OK, cada época tem o vampiro que merece, e os livros e filmes da série Crepúsculo até têm um ou outro momento divertido. Parafraseando Nosferatu, no entanto, pior do que morrer no auge é enfrentar uma longa e lenta decadência. Como essa dos vampiros que, privados de seu alimento vital - romantismo, sexo e sangue - parecem condenados a viver um eterno e tedioso crepúsculo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Notícia da Rede Bahia:

Dona Cristina teve suas duas filhas levadas por uma casal de italianos. Uma tinha seis meses, a outra, 15 dias!

Eu não entendi ainda!

domingo, 1 de novembro de 2009

15 X 10

Li no BBC online uma notícia que me deixou estupefato!
Uma garota de 15 anos foi estuprada por 10 homens diferentes, alguns deles menores de idade, no meio da rua, as pessoas viram e ninguém, NINGUÉM fez NADA!

O delegado da cidade disse que era a 1ª vez, em 15 anos de delegacia, que ele via um caso como esse! 5 dos 10 homens foram detidos e 3 menores de idade (com 14, 16 e 17 anos) estão sendo indiciados como se fossem maiores (justíssimo)!

Agora eu pergunto, onde é que vamos parar?

Isso me fez lembrar da famosa comemoração do Dia da Mulher, 8 de março - dia internacional...

A maioria das pessoas conhecem aquela historinha que a Pró contava em que 200 mulheres que faziam greve numa empresa foram trancadas pelos donos do local e queimadas.

Essa história possui um furo muito grande, não? Afinal, o que 200 mulheres estaria fazendo dentro da empresa se elas estavam em greve? Isso não é um furo. A verdade é que essa história é uma mentira! O que aconteceu na realidade foi:

200 mulheres, que trabalhavam numa empresa por salários bem inferiores aos masculinos estavam ocupando as vagas de alguns homens. Os desempregaDOS da cidade, então, resolveram queimá-las dentro do local de trabalho.

Essas mulheres foram queimadas porque estava se sujeitando a receber salários menores para virarem cidadãs!

Então, no dia das mulheres, eu dou meus pêsames... Pêsames porque foi necessário que 200 mulheres virassem churrasco de calçola para que 1 vez ao ano as pessoas lembrassem que mulher também é gente!

A prova de que as pessoas esquecem da mulher no resto do ano foi esse caso nos EUA!

Simplesmente incompreensível!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Tabacaria - Álavo de Campos (Fernando Pessoa)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.


Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.


Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.


Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?


Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.


(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)


Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.


(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)


Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.


Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.


Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.


Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.


Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.


Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.


Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.


(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.


O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.

Bastardos Inglórios


É, domingo fui assistir a Bastardos Inglórios, o novo filme de Tarantino.
Eu já esperava algo excelente, uma vez que Quentin nunca me decepcionou, mas esse filme superou completamente as minhas expectativas! Faz muito tempo que eu não saio completamente satisfeito do cinema como eu saí após assistir a esse já clássico! A trilha sonora, como sempre nos filmes desse diretor e roteirista, é inesquecível!

A história se passa na França, durante a 2ª Guerra Mundial. Um grupo de judeus americanos e alemães, os Inglórios Bastardos, é mandado para esse país no intuito de matar nazistas. Ao mesmo tempo o filme também conta a história de Shosanna, uma judia que tem sua família morta pelo caçador de judeus (Christoph Waltz - melhor interpretação do filme) e acaba, no futuro, com outro nome, por se tornar a dona de um cinema onde ocorrerá a Premier de um filme nazista.

Revelando um Hitler ironizado além de todo o humor sempre encontrado em seus filmes, Tarantino devolve ao cinema toda a graça e a glória que ele estava precisando, mesmo quando fala dos assuntos mais sérios! Por fim, o filme termina com duas cenas completamente catárticas, que provam não haver ninguém melhor que ELE, para filmar a vingança, embora isso todos já soubessem, em face a Kill Bill!

Imperdível, insuperável, irresistível, Bastardos Inglórios é um daqueles filmes que merecerá a prateleira de sua casa quando for lançado em DVD (ou Blue-Ray, pros milionários)!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Músicas!

Há músicas que nos fazem querer dançar.
Músicas que nos fazem querer cantar junto.
Mas as melhores músicas são aquelas que nos levam de volta à primeira vez que as ouvimos e, mais uma vez, partem nosso coração!

domingo, 11 de outubro de 2009

Detesto punheta na sala alheia!

Essa foi a incrível frase que minha prima, Monalisa, soltou aqui em casa! Com uma revolta e emoção que eu até estranhei!

Eu me pergunto: quem foi, afinal, que ela viu no 5 a 1 na casa dela?

Fica o mistério no ar...

Mas por via das dúvidas, fica o recado: nada de masturbação nas salas alheias, OK?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dia do Orgasmo

Hoje, pr'aqueles que não sabem, é o dia do orgasmo, aqueles 10 segundos, sabe?

Pra celebrar vou postar um poema que me lembra o assunto:

Don Juan

As doces recompensas noturnas,
o cego encontro que dessangra os braços, os gemidos
e o verde amanhecer do gozo, a queda
no clamor da corrida sem chegada,
e o desligar-se monarmente, o gesto
da carícia que prolonga no ombro seu pequeno leopardo,

dou tudo em troca do desejo.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Os Dedos

Um dia desses estava eu voltado de ônibus para casa quando entram uma mãe seu filho. Ela senta na cadeira imediatamente em frente à minha e como o assento ao lado estava ocupado, a criança ficou sentado do outro lado do corredor, não muito distante da criadora.
Não sei se a senhora estava a voltar do trabalho, mas certamente pude ver pelo quimono usado pelo garoto, ele estava voltando de alguma aula de ártes marciais, provavelmente Karatê!
Eu, concentrado em meu livro - O Cortiço de Aluísio Azevedo, nem notei a presença dos dois até que, em um momento, levantei minha cabeça e avistei aqueles DEDOS!
A mulher massageava o rosto do garoto de uma maneira tão tenra. Que afetividade, que paixão, que suavidade...
Não consegui voltar às páginas. Minha atenção foi toda tomada pela forma como aquela mulher alisava os cabelos do filho, e apertava levemente seu rosto e olhava com aqueles olhos intensos e brilhantes.
Desci do ônibus e mãe e filho.
Cheguei em casa e à conclusão: a criadora que agora alisava é a mesma fará com que seu filho sinta falta de dedos quando ela não os fornecer mais.

A leoa ainda está com sua cria. A selva ainda está em paz!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Woman

Tô aqui lendo Ensaio Sobre a Lucidez (fantástico) esperando CQC começar...
Aí tocou uma música no PC e eu resolvi entrar aqui pra postar a letra e a tradução.

O nome da música é Woman, da banda Maroon 5. Foi composta pra ser trilha sonora do filme Homem-Aranha 2 e é o máximo! Segue a letra e a tradução. Acho que no you tube deve ter alguma vídeomontagem com a música, mas como não tem clipe eu nem vou colocar aqui!

Woman - Maroon 5

If I be so inclinded to climb up beside you, would you tell me that the time
just isn't right?
And if I ever find the key you hide so well, will you tell me that I can spend
the night?

Leaving your smell on my coat
Leaving your taste on my shoulder
I still fail to understand what it is about this woman!

If I could bottle up the chills that you gave me, I would keep them in a jar next to
my bed.
And if I should ever draw a picture of a woman, it is you that would come
flowing from my pen.

Leaving your clothes on the floor
Making me walk out the door and
I still fail to understand what it is about this woman!

Helplessly melting as I stand next to the sun and as she burns me, I am
screaming out for more.
Drink every drop of liquid heat that I've become, pop me open spit me out onto
the floor.

Leaving your smell on my coat
Leaving your taste on my shoulder
I still fail to understand what it is about this woman

Leaving your smell on my coat
(Leaving your smell on my coat)
Leaving your taste on my shoulder
(Leaving your taste on my shoulder)
I still fail to understand what it is about this woman

Tradução

Se eu estou tão inclinado a escalar ao seu lado, você me falaria que não é o momento certo?
E se eu algum dia achar a chave que você esconde tão bem, você me falará que eu posso passar a noite?

Deixando seu cheiro em meu casaco,
Deixando seu gosto em meu ombro.
Eu ainda não entendo o que há com essa mulher!

Se eu pudesse engarrafar para os frios que você me dá
Eu os manteria em um jarro próximo a minha cama.
E se eu algum dia tiver de desenhar um retrato de uma mulher, é você que viria, fluindo de minha caneta.

Deixando suas roupas no chão,
Me fazendo sair pela porta,
E eu ainda não entendo o que há com esta mulher.!

Derretendo, sem saída, como se eu estivesse em pé próximo ao sol.
Como ela me queima, eu estou gritando por mais.
Beba toda gota de suor que eu me tornei.
Me estoure, e me cuspa no chão.

Deixando seu cheiro em meu casaco, deixando seu gosto em meu ombro, eu ainda não
entendo, não entendo.
Deixando seu cheiro em meu casaco, deixando
seu gosto em meu ombro.
Eu ainda não entendo o que há com esta mulher!

domingo, 3 de maio de 2009

Mais traduções...

Não satisfeito com a lista de traduções de filmes, vim aqui com mais algumas!

"Charlie's Angels, foi traduzido como "As Panteras"... Tudo a ver... Anjos e Panteras!
Sem falar em "I Am... Sam" que vieram com "Uma Lição de Amor". Entre outros há, "Man on Fire" como "Chamas da Vingança" (um dos melhores filmes de ação que eu já assisti, mas com o pior nome)!
A lista é quase infinita: "The Graduate" transformou-se em "A Primeira Noite de Um Homem", "Home Alone" tornou-se "Esqueceram de Mim" (tá, esse é +-)! "Analyze This" virou "Máfia no Divã".

Novamente tem ums que ficaram melhorzinhos, como "Oncean's Eleven" que mudou para "Onze Homem e Um Segredo".

Mas bom mesmo é "Náufrago" (que, vale lembrar, se chama "O Náufrago" em portugal) que surgio de "Cast Away". O melhor é: que eu saiba, o acidente do filme foi de avião e não de navio!

"Sobre Meninos e Lobos" é "Mystic River". "A Última Ceia" é "Monster's Ball". "A Noviça Rebelde" é "The Sound of Music". Mas SENSACIONAL é "Reencarnação" que en inglês é "Birth", que significa nascimento... Tudo a ver!

domingo, 26 de abril de 2009

Amores Brutos - Amores Perros

Ahh ... Ontem assisti ao filme "Amores Brutos" o primeiro longa dirigido por Iñarritu. Basicamente consiste na história de três "casais" que são interligados por um acidente de carro. É forte e incomoda, mas não é necessariamente sobre o enredo que eu estava com vontade de falar. Mas fica a dica, bom filme, e faz parte da Trilogia da Morte, sequenciada pelos filmes "21 Gramas" - que pretendo assistir hoje - e o famoso "Babel", com Brad Pitt.

Eu vim aqui hoje foi pra falar sobre essa mania de mudar completamente os títulos dos filmes ao traduzi-los.

Nesse caso, "Amores Perros", o nome original, teve uma péssima tradução. Em inglês, deram um jeitinho de melhorar isso, nomearam a película Love's a Bitch. É uma tradução, segundo o próprioIñarritu, mediana, afinal, "Love's a Bitch" pode ser traduzido como O Amor é uma Cadela - o que justificaria a quantidade de cães no filme, e como O Amor é uma Puta, o que, lógico, chocaria a audiência. Em Portugal eles alcançaram a tradução perfeita, "Amor Cão", sem necessidade de modificações. Mas os brasileiros não conseguiram se segurar... Ah, não! Me colocaram um tal de "Amores Brutos", que não faz relação alguma com o fato de Cães estarem intimamente ligados ao enredo.

Mas engraçado mesmo, foi o filme "Meu Primeiro Amor", cujo nome em inglês era "My Girl", que teve uma segunda parte e me vieram com o espetacular título de "Meu Primeiro Amor 2"!!! Que eu lembre, primeiro amor, a não ser que você sofra de algum tipo de amnésia, só ocorre uma única vez.


Interessante é notar que, de vez em quando, os "tradutores" dão uma dentro. A Trilogia das Cores, do polonês Krzysztof Kieslowski, apareceu com a maravilhosa tradução de: "A Liberdade é Azul", "A Igualdade é Branca" e "A Fraternidade é Vermelha". Bom, chama muito mais atenção que: "Three Colors: Blue/White/Red."



Também está surgindo uma nova moda, que não é tão nova assim, de filmes que mantém o nome original, colocando a "tradução" seguida, como em "Pulp Fiction - Tempo de Violência", ou "Crash- No Limite" e "Closer - Perto Demais".



O que eu questiono não é necessariamente a tradução do nome, mas quando é colocado um título nada a ver... "Babel, se tivesse o nome modificado, ficaria um filme completamente sem sentido, uma vez que, assim como na Torre, no longa, ninguém se entende! E falam línguas diferentes!
Falando em traduções, se alguém que já assistiu ao "A Liberdade é Azul", por favor, dê uma olhada na sinopse do verso do DVD e me diga se o escritor não estava sob efeito de alguma droga PESADA!!!



Bom, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que alguns Títulos podem ser mal traduzidos, e acabarem juntando-se, e enganando-me. Ahh... Que a prateleira lhes seja leve... Vamos à História das Trilhas Sonoras!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Aí num dia desses!

Aí num dia desses, fui ao banheiro de um restaurante perto do meu cursinho onde eu costumo almoçar quando tenho aula pela tarde, entrei no reservado e li uma das frases mais poéticas que poderia estar na porta de uma cabine de vaso sanitário:

É cagando que todo mundo é igual!

Isso me fez lembrar de um poema de Antônio Brasileiro, um poeta um tanto bostético daqui da minha cidade! O problema é que eu não lembro nem o título nem o primeiro verso do poema! Mas não seja por isso, deixo os últimos versos e depois completo com o título e o primeiro verso!

...

...
Nada obsta
Nada embosta!

(Antônio Brasileiro)

sábado, 28 de março de 2009

Ai, Ai!!!

Tava rolando pelo Facebook e percebi pelo meu feed que faz um tempão que não posto nada!!!

Desde o carnaval!

Mas tbm num tem nada de interessante para se falar...

Exceto pela morte de Clodovil...

Eu adorava ClÔ!!!  Ele era MARA!!!

Ah, acabei de lembrar, tem sim algo terrível para comunicar. Ítalo Rossi, intérprete de Seu Ladir no humorístico Toma Lá Dá Cá, saiu do elenco do programa...

Fiquei acabado com essa notícia! Ele era MARA!!!

Por isso vou postar o vídeo de Seu Ladir contando a história da cidade onde ele nasceu, Nanuque!


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Faz tempo...

Tempo que eu não apareço...

Vim falar do Carnaval!

Adoro Carnaval!

Adoro a festa, as pessoas, o calor, a música, tudo.

Na verdade, se tem música eu tô dentro!

Aqui na Bahia carnaval é festa pra todos, dentro ou fora dos blocos!

Ou na tela da BAND!

Do Axé ao AFOXÉ, veremos de tudo! De música clássica ao pagodão!

Só pra dar um final, vou colocar a música que ganhou o prêmio de melhor do carnaval de Salvador do ano passado:

Mulher Brasileira (Toda Boa) - Psirico

Baixinho
Pra falar de mulher
eu quero tirar roupa!
agora gritem pra mim que eu tiro!

1, 2, 1, ai mulher boa!

Pele bronzeada
Mulher Brasileira
A coisa mais linda
Chamada de avião
Corpo de violão
A maior obra prima...

Em todos os cantos do universo
Se vê várias delas brilhar
Fruto do pecado
Que o homem sempre
Quer desfrutar
É uma obra divina
Que nasceu para nosso bem
E quem ama levante o dedo
E grite: Amém!

Maravilhosa!
Os meus elogios
Não são à tôa
Você é a água
Que mata minha sede
Mulher brasileira
É toda boa!

Olha toda boa!
Toda boa!
Ela é toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
É toda boa! Toda boa!
Ela é toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Ai, Toda boa!
Toda!
Toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Mas toda boa
Toda boa!
Ela é toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!

Auto-estima gordinha
Tá toda fofinha!
Auto-estima magrinha
Tá toda fortinha!
Auto-estima coroa
Tá toda durinha!
Auto-estima negona
Tá toda gatinha!...(2x)

Mulher Brasileira
Oh!
Toda boa!
Ah! Ah!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
É toda boa!
Toda boa!
Toda boa!
Ai! Ai!
Toda Boa!

Pele bronzeada
Mulher Brasileira
A coisa mais linda
Chamada de avião
Corpo de violão
Olha quanta mulher boa

Em todos os cantos do universo
Se vê várias delas brilhar
Fruto do pecado
Que o homem sempre quer
desfrutar!
É uma obra divina
Que nasceu para o nosso bem
E quem ama levante o dedo
E grita: Amém!

Maravilhosa!
Os meus elogios
Não são à tôa
Ivete Sangalo
Que mata minha sede
Mulher brasileira
É toda boa!

Olha toda boa!
Toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Já falei que ela
É toda boa
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!

Auto-estima gordinha
Tá toda fofinha!
Auto-estima magrinha
Tá toda fortinha!
Auto-estima coroa
Tá toda durinha!
Auto-estima negona
Tá toda gatinha!...(2x)

Mulher brasileira
Oh!
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Toda boa! Toda boa!
Mulher brasileira é boa
Ai! Ai!
Ela é toda Boa!
....
Ai! Ai!
Ela é toda boa!
Toda boa! Toda boa
Ela é toda boa - quero ouvir
Ai! Ai!
(baixinho)
Ela é toda boa!

vocês vão fazer comigo assim mulheres,
assim oh,
vocês fazem assim oh

Ai! Ai!
Eu sou toda boa!
Ai! Ai!
Eu sou toda boa!
Toda boa! Toda boa!
Quero ouvir você é boa
Ai! Ai!
Eu sou toda boa!
Ai Ai? E aí depois você passa a mão no carpo assim
viu mãe?
Ai! Toda boa toda boa, quero ouvir quem é gostosa
Ai! Ai!
Eu sou toda boa!
Toda boa! Toda boa!
Ai! Ai!
Eu sou toda boa!
Ela é toda toda toda toda toda, yeah toda boa!
Quero ouvir
Ai! Ai!
Eu sou toda boa!

As meninas do meu fã clube
Toda boa!


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Numa primeira visão, talvez achem que essa é só mais uma música de PAgode Bahiano normal... Mas note que essa é a primeira música de Pagode que eu ouço que fala BEM da Mulher! Lindo, perfeito, fantástico... E foi nesse momento que o pagode superou o FUNK! Parou de depreciar a mulher para DIVINIZÁ-la!

Parabéns Márcio Vitor (vocalsita da banda) - você mereceu!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

In Hoc Signo Vinces

Essa noite postarei um texto de Walnice Nogueira Galvão que li na revista PIAUÍ - edição 24. Bom, eu não tenho palavras para caracterizá-lo. Tirem suas próprias conclusões!

In Hoc Signo Vinces

Em Verona, por obra de Cupido fulminífero, Julieta e Romeu se apaixonaram, conquanto de clãs em feudo. Como se viu, o solo do feudo, que se dizia sáfaro, era pingue.

Capuletos e Montecchios, senhores de baraço e culeto de seus rebentos, ameaçaram potro e polé, com tonitruância. Debalde. Por isso, uma entente cordiale enterreiou o caso e extraiu o ucasse: ordálio para avaliar o casal de sabaretes. O colendo cabido, de borla e capelo sobre bombazina e cheviote, começou pela dulcinéia, desferindo-lhe uma questão:

- Qual a diferença entre epistemologia e ontologia, tal como postulada pela escola fenomenológica?

A dulcarama respondeu, e bem. A nova questão, que tentou acapachar o suposto acapadoçado, coube ao pelintra:

- Serão acrofobia e oclofobia opostos, ou, ao contrário, podem tornar abilolado o mesmo degas com mania de ambulatória?

Não contente de responder corretamente, Romeu ainda os profligou, em objurgatória bem temperada:

- Refuto a contumélia: cediça e epicena é tal questão, para não dizer esdrúxula e periclitante. Vossas munificências querem é procrastinar! Quanta androlatria feudal!

Nisso, uma maçaroca cujo esturro em prolação desencarquilhava as aurifulgentes comas passou aos boléus no varote.)

O capido tentou tergiversar, acusando Romeu de tosquenejar. Romeu obtemperou que por fás ou por nefas não se calaria. A protonotária, que executava uma varsoviana anapéstica, deu-lhe uma razão. O anspeçada batavo adrede auscultou a beletriz. O vassalo protestou: “Bofé! Isso é vavavá, quando não vuvu!” Esclareça-se que ele não era titibitate.

Observação vatídica: o fuzuê virou forrobodó. E foi a nota babélica: todos confundiam lumbago com quiasmo, zeugma com hemoptise, suarabácti com anaptixe. Que cizânia entre os doges de Verona! Que facúndia! Que salacidade! Quão pantafaçudos!

A essa altura, Romeu estava atacado de satiríase e Julieta tinha-se tornado vulgívaga. Convolando-se na calada da noite, decidiram fugir no vaticano com toda palamenta, ucha onusta inclusive, soando o vatapu, em demando de um tugúrio. E anatematizaram: “É tudo uma choldra!” Alvinitente, a lua dealbava. Ante o casal, prosternavam-se as passariúvas. Uma cáfila desfilava, enquanto algo invisível barria nas matas ciliares, sobre os rípios.

Bem o fizeram. Hodiernamente, pode-se dizer que nada tisnou o contubérnio de Romeu e Julieta, para sempre. Até coube-lhes uma conezia, devidamente subenfiteuticada, concedida como prebenda pelos Capuletos e Montecchios.

(Entretanto, lá atrás um parlapatão regougava: “Eu pertenço ao partido que tem por partido tirar partido de todos os partidos!”)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button

Ontem fui ao cinema com minha irmã para assistir ao filme "O Curioso Caso de Benjamin Button". Mas antes de falar do filme eu tenho que comentar sobre uma conversa entre duas colegas minhas que eu ouvi. Elas diziam que esperavam mais do filme, que ele não valia as 13 indicações ao OSCAR (não é meu prêmio favorito) e que dificilmente ganharia muitos troféos.

Agora eu falo do filme. Uma palavra reume minha opinião: PERFEITO!
Essa é uma das grandes obras que ficam deitadas, leves, sobre a linha tênue e frágil que separa o hollywoodiano do alternativo. Em outras palavras, é um roteiro alternativo com produção hollywoodiana - coisa que nem sempre dá certo, mas nesse caso deu, e muito.

E a mensagem... a mesagem do fim do filme! Só não transcrevo pra não tirar a graça de quem já assistiu.

Mas voltando ao OSCAR... Realmente, talvez o filme não valha as 13 indicações que recebeu. E talvez nem valha os prêmios que ganhará - a propósito, antes de assitir a Benjamin eu achava que Batman iria ganhar melhor maquiagem por causa de Coringa, mas mudei de ideia, de qualquer maneira, Coringa já irá garantir a Heath Ledger o prêmio póstumo de Melhor Ator Coadjuvante - mas se levarmos em conta que TITANIC foi indicado a 12 categorias e ganhou 11, Benjamin Button mereceria ser indicado a TODAS as categorias e ganhar pelo menos umas 14!

Sobre o que o filme fala? Ah! É a história de um homem que nasceu velho - um bebê com todas as características de uma pessoa velha, inclusive doenças. Com o passar do tempo, ele vai ficando mais jovem. Não encontrarás grandes cenas de ação ou numerosas explosões, mas eu garanto, que quem for assistir a esse filme, passará três horas e 15minutos conhecendo pessoas impressionantes! Vale a pena!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A ironia de Pinóquio

É incrível a quantidade de coisas que pensamos quando não temos o que fazer. Outro dia desses eu me peguei a raciocinar se Pinóquio - aquele famoso mentiroso - poderia ser irônico!
Pense bem, se a ironia consiste em dizer uma mentira, mas querendo deixar entendido o contrário, será que o menino de madeira se daria bem com isso?
Caso não houvesse problemas, ele poderia reabrir seu processo contra a fada azul e alegar que tudo aquilo foi puro sarcasmo.

Fada azul, chame seus advogados!

Reabrindo!!!

Depois de um período de manutençao para que eu pudesse colocar a opção de comentários abaixo do post... Estamos aqui de novo, na atividade! Sinto pelo problema com o Firefox e com o Google Chrome que acontece na barra lateral, mas esse eu já tentei de todos os modos e não consegui resolver! Se alguém souber como, diga-me, por favor!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Primeiro!

Primeiro dia da prova da UEFS hj...
Eu fui muito bem! A prova de português não tava assim tão fácil, e o primeiro texto de inglês tava com um vocabulário um tanto difícil! Mas no geral foi tudo bem! O tema da redação foi o consumo. A frase base era: o consumo é uma ponte para a felicidade?

Ficou mto bom meu texto... talvez eu poste outro dia por aqui!

Por hj é só... Vou assistir Sex and The City e fazer minha pesca de matemática p/ amanhã!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Google Chrome e Windows 7!

Tô usando o navegador do google, o google Chrome! Vale a pena! É  muito bom. Não é tão personalizavel quanto o Firefox mas dá pro gasto!

Mas eu quero falar do Windows 7 (Windows seven)!

Já está famosa na internet a sua versão beta... E é show!!!!  Muito masi rápido q o vista ou o xp!
Ninguém deveria perder!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

G Magazine

Hunf...

Hoje eu li uma notícia (creio eu, desatualizada) num blog que me deixou pasmo:

MARCELO SILVA, EX-MARIDO DE SUSANA VIEIRA, POSARÁ PRA G MAGAZINE DE JANEIRO!

Marcelo Silva - ex-marido de Susana Vieira - morreu, se eu não me engano, de overdose já faz algum tempo.
Sendo assim, acredito que essa será a revista mais vendida de todos os tempos, uma vez que teremos alguém MORTO pousando para o ensaio! Até as tias espíritas vão comprar...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Vestibular

Uma vez que eu não passei na UFBA, minha vida de estudante desesperado por passar no vestibular voltou, logo, não tenho tempo para postar!